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Encontros de Cinema do Fundão: Uma retroanálise
Quarta feira, iniciam-se as hostes com sedimentação nas cadeiras da tasca da estação. Degustam-se sandes de bacalhau, omeletes e gelados Olá, tudo regado com o melhor que a destilaria nacional tem para oferecer. Passa o tempo, ocorre a amigável expulsão, e sobrevive uma modesta conta de cerca de 7 dezenas de divisas. O resultado do beberete fatal, foi uma tarde bem passada, produtiva, ma non troppo . Está agora em casa o bicho do mato da Barata Salgueiro, que nesta incursão beirã busca sol, cinema, e um bem-haja honesto. Turva correu a noite, ao som de música de homenagem e conversas intensas. Os interlocutores vestem as suas entranhas num honesto bate-boca, onde o clube a defender é por todos partilhado. Dorme-se sobre o assunto, pois até o físico tem limites. Lateja a cabeça ao som das badaladas semi-horárias que se fazem ouvir em todo lado. O calor faz transpirar os erros da madrugada anterior. Rasgam-se as vestes: Somos homens novos. Segue-se um almoço atribulado, comprometido ...
O desejo de Roberto Gavaldón
A palavra DESEJO, tem origem na palavra latina DESIDARE, que por sua vez significa “esperar por, desejar, ter expectativa, exigir”. Do ponto de vista etimológico, especula-se que a palavra possa ser proveniente da expressão DE SIDERE, cujo significado é “dos astros, a partir dos astros”, estando o seu sentido original associado à ideia de esperar por algo que as estrelas trarão. Nesta viagem de vocábulos, impressiona acima de tudo a aparente conexão entre o fatalismo, com toda a sua inevitabilidade e pluritemporalidade, e a vontade. Desejar é reconhecer a falta. Mais, é se calhar reconhecer a falta na posse alheia. É olhar o mundo, e reconhecer como objetivo uma qualquer materialidade que julgamos conhecer. No que toca ao fatalismo, não deixa de ser notável a constatação de que desejar é algo que acontece no presente, tendo por espaço de concretização o futuro, havendo um desfasamento muito evidente entre o sentimento e a sua consumação. Será essa a razão de tanta vez o desejo...
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